“A última temporada nossa foi realmente incrível. Conseguimos superar os objetivos que foram propostos para nós no inicio do ano. O Guaguas tem uma história no final dos anos 90 muito vencedora de uma torcida muito grande, sendo que nessa época o futebol não tinha tanta força e o basquete ainda não tinha uma presença marcante aqui na ilha. Nessa época o Guaguas reunia todo mundo para torcer a favor”, declarou Paulo Renan.
“Então quando voltou o nome Guaguas a expectativa era no mínimo ser campeão da Copa do Rei, que foi sediada aqui, mas no decorrer da temporada, com muito sacrifício, com muito treino, onde o grupo se uniu de uma tal maneira, os resultados apareceram. Ficamos muitos jogos sem perder e ganhamos a Copa do Rei e o campeonato nacional. Um ano muito feliz para o clube e para mim de ter participado disso tudo”, afirmou o levantador.
Além dos dois títulos, a equipe de Las Palmas, que contava ainda com outros dois brasileiros (o central Moises César e o ponteiro Guilherme Hage) teve boa participação na CEV Cup, Agora, pensando na Champions League 2021/2022, a equipe espanhola, que contratou o oposto cubano Escobar, ex-Minas Tênis Clube, terá que passar por três adversários no mata-mata preliminar para ingressar na fase de grupo. O primeiro deles será o Hebar Pazardzhik, da Bulgária.
“Nós jogamos a CEV Cup, vencemos o Galatasaray, da Turquia, e perdemos para o Maaseik, da Bélgica, dos times com uma história grande no voleibol europeu. Então tivemos uma presença européia bem interessante, e o resultado foi bacana. A expectativa para a Champions League também é legal, com o pés no chão, mas queremos conseguir a vaga na fase de grupos, que é o principal objetivo do clube. Não vai ser fácil, pois serão algumas rodadas eliminatórias para chegar lá”, explicou o jogador brasileiro.
“Antes da Champions Legue, que é um sonho que vou realizar, e se chegar a fase de grupos, vai estar ainda mais completo esse sonho de jogar essa competição, nós temos a Supercopa. Então esse é o primeiro objetivo, no caso, vencer a Supercopa e depois nos preparar para o mata-mata da Champions. A previsão é de um ano difícil, muito duro, mas com expectativas muito grandes. Pessoalmente de conseguir atingir todos os objetivos propostos pelo clube, que acaba, sendo pessoais também porque acredito que podemos ser campeões na Espanha novamente e fazer um bom papel no nível europeu”, disse Paulo Renan.
Em meio as férias, Paulo Renan se dedicou a realizar um curso de treinador e teve sua primeira experiência, mesmo com auxiliar técnico, na base do Guaguas. O levantador nos contou um pouco sobre esse momento e do seu sentimento sobre a transição jogador-treinador, já pensando em um futuro, mas também no aprendizado e no aprimoramento dentro da modalidade.
“Na Espanha não é necessário ser professor de educação física para ser técnico, acredito que no Brasil tem outros meios de um atleta vir a se tornar treinador (a CBV realiza cursos em diversos níveis), Aqui qualquer pessoa pode fazer, então aproveitei, já pensando no futuro (...) Fiz um curso de quatro semanas, com profissionais espanhóis e fui muito legal, pois você tirar a visão de atleta e já começa a ver o lado treinador, mesmo sendo difícil porque sou um jogador, mas foi uma experiência muito legal”, disse o levantador, que deixa em aberto se seguirá por esse caminho após encerrar sua carreira dentro das quadras.
“Vamos ver como será o futuro, mas quero estar preparado. Se tiver que virar treinador, auxiliar, no pós-voleibol por que não? A possibilidade tem que sempre esta aberta. Temos que estar preparados para qualquer coisa e eu não sei se vou ficar na Espanha, se vou voltar para o Brasil ou ir para ouro país. Temos sempre que estar evoluindo de alguma maneira, com conhecimento, e se for como treinador no futuro eu quero estar preparado, assim como estive sendo atleta”, concluiu.
foto: Paulo Renan/CV Guaguas/Instagram
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