“O que me deixa muito feliz é a entrega de cada um. O nosso dia a dia, o que é feito fora da quadra, tem proporcionado isso. Temos uma característica muito clara que é a mescla de gerações. E é impressionante a cumplicidade que eles têm um com o outro, um dos ingredientes mais importantes na formação desta equipe. Não é garantia de nada, mas é importante. O que acontece durante os jogos é reflexo de tudo isso”, explica o técnico Renan Dal Zotto, que elegeu a estreia contra Cuba como o momento mais difícil da campanha até aqui.
“Este formato do Mundial é diferente das edições anteriores, com menos jogos. Cada set contou para a classificação geral, com impacto nos cruzamentos das fases eliminatórias. Viemos sabendo que precisaríamos jogar sete partidas, e para isso nos preparamos”.
Na união do grupo está um dos segredos da superação da equipe brasileira. Antes da viagem para o Mundial, Renan perdeu o oposto Alan e o central Isac por lesão. Na ausência de Lucarelli, com dores na panturrilha, Rodriguinho deu seu recado nas oitavas de final contra o Irã. Estão todos ali, prontos para o que der e vier.
“Cada vez que uma peça se machuca, ficamos preocupados, pois todos são importantes no nosso conjunto. E nesses momentos os que estão no banco mostram seu valor. Todas as vezes em que precisamos, os que estavam fora corresponderam. No caso dos levantadores, hoje temos dois titulares, dois atletas de imenso talento. Os dois se ajudam muito, e independentemente de quem estiver na quadra, o outro está de fora dando suporte. Esta cumplicidade é importante para nossos objetivos”, explica Renan.
Na semifinal, o Brasil terá em quadra jogadores que estão entre os melhores da competição. Leal é o atacante mais eficiente; o segundo maior pontuador do Mundial, com 93 acertos; e está no top 10 de melhores sacadores. Thales lidera o ranking de defesas e está em sexto no de recepção. Flávio é o quarto entre os bloqueadores; e Cachopa, o quinto entre os levantadores. Todos com o desafio de parar a equipe que venceu as duas últimas edições do Mundial.
“A seleção polonesa é muito consistente, agride o tempo todo. A melhor forma de nos defendermos é atacando também. Isso significa um saque forte pressionando, um bloqueio agressivo e um sistema de defesa funcionando. Será um jogo aberto. Eles terão o apoio da torcida, o que traz uma motivação extra. Mas nós estamos vivendo um bom momento”, analisa o treinador.
Na outra semifinal, que ocorre também neste sábado, às 16h (horário de Brasília), a Itália encara a Eslovênia.
foto: FIVB/Divulgação
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